Diz a lenda popular e romântica que a cidade de Lisboa foi fundada pelo herói grego Ulisses que tal como Roma, o seu povoado original foi rodeado por sete colinas. Recentemente foram feitas descobertas arqueológicas perto do Castelo de São Jorge e Sé de LIsboa que comprovam que a cidade terá sido fundada pelos Fenícios cerca de 1200 a.C.. Nessa época os Fenícios viajavam até às Ilhas Scilly e à Cornualha na Grã Bretanha, para comprar estanho. Foi fundada uma colónia, chamada Alis Ubbo, que significa "enseada amena" em fenício, provavelmente afilhada à grande cidade de Tiro, hoje no Líbano. Essa colónia estendia-se na colina onde hoje estão o Castelo e a Sé, até ao rio, que chamavam Daghi ou Taghi, significando "boa pescaria" em fenício. Com o desenvolvimento de Cartago, também ela uma colónia fenícia, o controlo de Alis Ubba passou para essa cidade.
Com a chegada dos Celtas, estes misturaram-se com os Iberos locais, dando origem às tribos de língua celta da região, os Conni e os Cempsii.
Os Gregos Antigos tiveram provavelmente na foz do Tejo um posto de comércio durante algum tempo, mas os seus conflitos com os Cartagineses por todo o Mediterrâneo levaram sem dúvida ao seu abandono devido ao maior poderio de Cartago na região nessa época.
Após a conquista a Cartago do oriente peninsular, os Romanos iniciam as Guerras de Pacificação do Ocidente. A cerca de 205 a.C., Olissipo alia-se aos Romanos, lutando os seus habitantes ao lado das legiões. É absorvida no Império e recompensada pela atribuição da Cidadania Romana aos seus habitantes, um privilégio raríssimo na altura para os povos não italianos. Felicitas Julia, como a cidade viria a ser reconhecida, beneficia do estatuto de Municipium juntamente com os territórios em redor, até uma distância de 50 quilómetros, e não pagava impostos a Roma, ao contrário de quase todos os outros Castros e povoados autóctones, conquistados. Foi incluída com larga autonomia na provícia da Lusitânia, cuja capital era Emeritas Augusta a actual Mérida na Extremadura espanhola.
No fim do domínio romano, Olissipo seria um dos primeiros núcleos a acolher o Cristianismo. O primeiro bispo da cidade foi São Gens.. Sofreu invasões bárbaras dos Alanos, Vândalos e depois fez parte do Reino dos Suevos antes de ser tomada pelos Visigodos de Toledo que a chamaram de Ulishbona.
Lisboa foi então tomada no ano 719 pelos Mouros provenientes do norte de África. Em Árabe chamavam-lhe al-Lixbûnâ. Construiu-se neste período a cerca moura. Só mais de 400 anos depois os cristãosa reconquistariam graças ao primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e ao seu exército de Cruzados, em 1147. O primeiro rei português concedeu-lhe foral em 1179. A cidade tornou-se capital do Reino em 1255, devido à sua localização estratégica. A seguir à reconquista, foi instituída a diocese de Lisboa que, no século XIV, seria elevada a metrópole.
Fonte: Wikipédia
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